Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARÍLIA BEATRIZ TOLÊDO LIMA
DATA: 19/12/2025
HORA: 13:00
LOCAL: Sala de aula 201 - Didática VII
TÍTULO: PERCEPÇÕES E CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE FORMAÇÃO DAS ENFERMEIRAS QUE ATUAM EM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
PALAVRAS-CHAVES: Terapias Complementares; Enfermagem de Atenção Primária; Atenção Primária à Saúde.
PÁGINAS: 96
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde têm sido empregadas no cuidado dos usuários do Sistema Único de Saúde por serem medidas terapêuticas de cuidado complementares à medicalização. Nesse contexto, a Enfermagem desempenha um papel importante para a implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPIC) aprovada desde 2006. Objetivo geral: Analisar as percepções, as características sociodemográficas e de formação das enfermeiras que atuam com Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária em Saúde no Brasil. Método: Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa vinculada ao macroprojeto “Estudo Brasileiro: inquérito nacional sobre o perfil educacional e profissional de enfermeiros(as) em saúde integrativa e práticas tradicionais-ENFPICS”. A etapa quantitativa incluiu 323 participantes que informaram utilizar PICS na sua rotina de trabalho em algum nível de atenção à saúde, especialmente os que atuavam com PICS na APS (n=120). Utilizou-se estatística descritiva para o perfil. Para a análise bivariada, aplicou-se o Teste Qui-Quadrado de Pearson, Teste Exato de Fisher e o Teste P de Tendência Linear (para variáveis ordinais). As Razões de Prevalência (RP) foram estimadas por regressão de Poisson com variância robusta (IC 95%; significância de 5%), considerando-se nulas as RP cujo IC95% incluía o valor 1,0. A etapa qualitativa foi realizada online com seis entrevistadas. A análise do discurso seguiu as três etapas de Bardin com apoio de ferramentas de inteligência artificial não generativa. A coleta de dados utilizou o banco de dados ENFPICS e um questionário semiestruturado. Resultados: Identificou-se uma prevalência de 37,15% de enfermeiras(os) atuando com PICS na APS. Nesta amostra, não houve associações significativas entre a atuação com PICS e as variáveis sociodemográficas ou de formação. O perfil predominante foi feminino (89,2%), média de 40 anos, casadas e com filhos. Trabalham em média 40 horas semanais (69,2%), com renda média entre 3 e 4 salários mínimos (39,2%), dedicando de 1 a 2 horas semanais à aplicação das PICS (43,3%), sendo a auriculoterapia a prática mais aplicada. Em relação às percepções, a análise dos discursos revelou três categorias principais: percepção do cuidado ampliado, estruturação da prática clínica de PICS na APS e legitimidade na atuação com as PICS na APS. Considerações Finais: Os objetivos desse estudo foram alcançados e a ausência de associações estatísticas indica que, neste grupo, a adoção das PICS ocorre de forma ampla e transversal, não condicionada a variáveis tradicionais como por exemplo sexo, idade, filhos, nível de pós graduação. A atuação na APS parece depender de elementos subjetivos, como interesse pessoal e experiências prévias. Demandas do território e incentivos institucionais também podem influenciar essa escolha profissional. Como limitação, a etapa qualitativa contou apenas com seis entrevistas das 30 previstas, podendo ser atribuído ao cansaço dos profissionais para pesquisas online, desistências após agendamento e dificuldades de conexão. Apesar disso, o material obtido apresentou profundidade e consistência para a análise. A discussão dos achados qualitativos será apresentada na defesa da dissertação.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - DIÉSSICA ROGGIA PIEXAK
Externo ao Programa - 1738313 - CARLA KALLINE ALVES CARTAXO FREITAS
Externo à Instituição - TEREZA MARIA MENDES DINIZ DE ANDRADE BARROSO
Externo à Instituição - DANIELA DALLEGRAVE
Externo à Instituição - DAIANA CRISTINA WICKERT