Qua, 10 de dezembro de 2025, 17:57

Banca de QUALIFICAÇÃO: Mônica Viviany Silveira Trindade
Banca de qualificação

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÔNICA VIVIANY SILVEIRA TRINDADE
DATA: 19/12/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula 201 - Didática VII
TÍTULO: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA: ESTUDO QUANTITATIVO TRANSVERSAL COM ESTUDANTES DE CURSOS DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
PALAVRAS-CHAVES: Terapias Complementares; Estudantes; Política de Saúde; Universidades.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:

Introdução: as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são importantes para a integralidade no SUS (lei 8.080/90), todavia, estudos indicam falta de conhecimento sobre isso na formação de profissionais. Objetivo geral: analisar a opinião, atitude, interesse e a utilização de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde por estudantes dos cursos de graduação em Ciências da Saúde de uma Universidade Federal. Materiais e Métodos: estudo quantitativo, analítico e exploratório de delineamento transversal, com amostra por conveniência com 290 estudantes dos cursos de graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe. Os dados foram coletados online e presencialmente via questionário autoaplicável (sociodemográficos, hábitos de vida e PICS) durante os meses de dezembro de 2024 e maio de 2025. A análise estatística descritiva (frequência, média, DP) e de associação (Qui-quadrado e Exato de Fisher) foi realizada no SPSS (v. 20.0). Resultados: participaram do estudo 290 estudantes, autodeclarados negros/pardos (60%), com média de idade de 22,77, sendo 63,8% do sexo feminino, sem filhos (96,9%), com renda familiar de até dois salários-mínimos (51,4%), sem exercem atividade laboral remunerada (91,7%) e sem recebem bolsa da universidade (83,1%). A maioria dos participantes (72,1%) reconhece os benefícios das PICS para a saúde, 44,8% já utilizou PICS e 15,5% afirmou estar utilizando PICS para cuidar de sua saúde. Contudo, a exposição acadêmica formal foi baixa (70,3% não participaram de disciplinas sobre o tema), apesar de entenderem como importante aprender sobre PICS na Universidade (97,3%). A análise revelou que o sexo feminino e a presença de condição de saúde se associaram significativamente ao maior uso e interesse em capacitação em PICS (p < 0,05), assim como a percepção da importância do aprendizado sobre PICS na universidade e o interesse em curso de capacitação (p < 0,001) e, além disso, seguir perfis ou grupos sobre PICS em mídias sociais com a participação em atividades acadêmicas relacionadas, incluindo disciplinas (p < 0,001), projetos de extensão (p < 0,001) e grupos de pesquisa (p < 0,001). Considerações finais: o estudo demonstrou a alta receptividade, interesse e uso pessoal das PICS por estudantes de Cursos de Graduação em Ciências da Saúde, embora esse entusiasmo se confronte com uma baixa e incipiente formação acadêmica formal e essa dissonância curricularimpede que o alto interesse seja legitimado por conhecimento baseado em evidências, além de ser necessária a reestruturação dos currículos para integrar as PICS de forma transversal, o que garantirá que a próxima geração de profissionais possa aplicar as práticas de modo ético, seguro e integral, alinhado aos princípios do SUS.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1738313 - CARLA KALLINE ALVES CARTAXO FREITAS
Externo à Instituição - DAIANA CRISTINA WICKERT
Externo à Instituição - DANIELA DALLEGRAVE
Presidente - DIÉSSICA ROGGIA PIEXAK
Externo à Instituição - TEREZA MARIA MENDES DINIZ DE ANDRADE BARROSO


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