Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA FARIAS DE REZENDE
DATA: 30/10/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sala ECHO PPGEN
TÍTULO: Fluxo dos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral no Estado de Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Acidente Vascular Cerebral; Acesso aos Serviços de Saúde; Epidemiologia; Atenção à Saúde; Vigilância em Saúde Pública.
PÁGINAS: 41
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:

Introdução: As doenças cerebrovasculares configuram-se um grupo de grande relevância e impacto na saúde pública. A criação e análise das redes de fluxo dos pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e seu itinerário terapêutico investiga as relações entre o local de manifestação do início do sinais e sintomas, o local de primeiro contato com profissionais da saúde e o acesso à serviços de saúde especializados. A avaliação rápida e assertiva do paciente com AVC é essencial para que intervenções específicas possam ser instituídas de maneira objetiva e eficaz. Objetivo: Analisar o itinerário terapêutico dos pacientes acometidos por AVC em hospitais do Estado de Sergipe. Materiais e método: Trata-se de uma coorte retrospectiva, com dados secundários de pacientes adultos que apresentaram sinais e sintomas iniciais do AVC com confirmação diagnóstica por meio da tomografia (TC) e avaliação do neurologista e/ou neurocirurgião e que foram atendidos em hospitais de urgência/emergência do estado de Sergipe. Foram analisados variáveis demográficas, clínicas e de geolocalização. Recursos de geoprocessamento foram utilizados para análise, com uso de dados cartográficos do IBGE utilizando o software QGIS 3.28.4, com programação em Python 3.9.5 e georeferenciados no sistema SIRGAS 2000. A análise espacial envolveu a obtenção de centróides dos municípios de origem e destino dos pacientes, cálculo das distâncias euclidianas e representação dos fluxos por linhas proporcionais à frequência de pacientes. As estatísticas descritivas das distâncias e frequências foram reunidas em mapas cartográficos coropléticos que evidenciam os principais padrões de deslocamento. Resultados: Foram analisados 250 registros de pacientes acometidos por AVC, sendo o sexo feminino o mais prevalente; com relação à idade, a mediana foi de 66 anos na capital vs. 72 anos no interior; o AVC tipo isquêmico foi o mais comum, 76,9% na capital vs 91,2% no interior. A tomografia computadorizada é apenas realizada em três cidades do Estado. Ao descrever os fluxos, o primeiro atendimento é realizado no município de início dos sintomas ou na mesma região, porém a distância percorrida aumenta até o diagnóstico/avaliação do neurologista e/ou neurocirurgião. Foi constatado que os pacientes provenientes da região Norte do estado foram os que mais transitaram ao longo da rede e foi a região com maior número de óbitos. Não foram registrados óbitos dos pacientes oriundos do leste sergipano e médio sertão. Conclusão: Há disparidades locoregionais na assistência aos casos de AVC no Estado de Sergipe e necessidades de estruturação e fortalecimento das redes de atenção à saúde ao paciente fundamentados com os princípios organizativos e doutrinários do SUS.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1506112 - FERNANDA GOMES DE MAGALHÃES SOARES PINHEIRO
Interno - FERNANDA COSTA MARTINS GALLOTTI
Externo ao Programa - 2918072 - BRUNO FERNANDES DE OLIVEIRA SANTOS
Externo à Instituição - CAROLINA SANTOS SOUZA TAVARES