Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEOMÁRCIO SANTOS SOUZA
DATA: 29/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Didática 7, auditório 206
TÍTULO: CAPACIDADE PREDITIVA DO ACUTE STROKE REGISTRY AND ANALYSIS OF LAUSANNE (ASTRAL) NA MORTALIDADE HOSPITALAR APÓS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
PALAVRAS-CHAVES: 1 Acidente Vascular Cerebral; 2 Mortalidade hospitalar; 3 Prognóstico; 4 Análise de sobrevida
PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil, com impacto clínico e social. A utilização de ferramentas prognósticas, como o escore ASTRAL, auxiliam na estratificação precoce do risco e no direcionamento do manejo clínico. Contudo, há escassez de validações regionais. Este estudo avalia a acurácia do ASTRAL na predição da mortalidade intra-hospitalar e analisa a sobrevida de pacientes com AVCi, contribuindo para o fortalecimento das decisões clínicas e políticas públicas em saúde. Objetivo: Avaliar a capacidade preditiva da escala ASTRAL para a mortalidade intrahospitalar e a sobrevida dos pacientes com AVCi. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado no Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE), entre dezembro de 2022 e setembro de 2023. Foram incluídos 73 pacientes adultos, admitidos em até 24 horas após o início dos sintomas e com diagnóstico de AVCi confirmado por tomografia computadorizada (TC). A coleta de dados foi realizada diariamente pela equipe de pesquisadores que avaliava variáveis sociodemográficas, clínicas, de gravidade e desfecho hospitalar. As informações foram obtidas por meio de prontuários físicos e entrevistas diretas com os pacientes ou acompanhantes durante o seguimento diário. Para análise estatística foram utilizados os programas estatísticos SPSS versão 25 e R versão 4.5.1, com estatísticas descritivas, testes de associação, regressão logística, curva ROC, Kaplan-Meier e modelo de Cox, adotando p<0,05. Resultados: A amostra incluiu 73 pacientes com AVCi, dos quais 18 (24,7%) foram a óbito durante a internação. Houve predominância dos pacientes do sexo feminino, baixa escolaridade, presença de comorbidades, com média de idade de 65 anos, escore ASTRAL médio de 29 pontos e risco estimado de 90 dias de 46,9%. O tempo médio porta-ictus foi de 435 minutos, porta-imagem 127 minutos e porta-agulha 96 minutos. A mortalidade apresentou associação significativa com tipo de AVC, ventilação mecânica, rebaixamento de consciência, internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e uso de droga vasoativa (p<0,001). O ASTRAL apresentou capacidade preditiva de 81,6% e acurácia de 87,7%, com melhor desempenho no sexo feminino (AUC: 0,859) e em pacientes fora da janela terapêutica (AUC: 0,837). O ponto de corte global foi 39,5 (98,1% especificidade; 57,9% sensibilidade), variando conforme sexo e trombólise. A calibração indicou tendência à subestimação da mortalidade em maior risco e superestimação em menor risco, enquanto a sobrevida foi de 90% no 14º dia, 75% no 19º e 39% no 38º. Conclusão: O escore ASTRAL apresentou associação significativa com a mortalidade intra-hospitalar e boa capacidade discriminativa, reforçando sua utilidade na estratificação prognóstica. A sobrevida intra-hospitalar mostrou-se heterogênea, influenciada por múltiplos fatores clínicos e assistenciais, evidenciando a complexidade do manejo dos pacientes.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2394615 - EDUESLEY SANTANA SANTOS
Externo ao Programa - 1120444 - JUSSIELY CUNHA OLIVEIRA
Interno - 3253450 - RITA DE CASSIA ALMEIDA VIEIRA





