Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYARA SANTOS CAVALCANTE
DATA: 30/06/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Laboratório ECHO
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE CHOQUE COMO PREDITOR DE MORTALIDADE E DESFECHOS CLÍNICOS EM PACIENTES PÓS-PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: UMA COORTE RETROSPECTIVA
PALAVRAS-CHAVES: Mortalidade; Índice de Choque; Escores de Disfunção Orgânica; Pacientes Internados; Sobrevida.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública

RESUMO:
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento crítico associado a elevadamortalidade e risco de comprometimento neurológico. A utilização de escores prognósticos como oÍndice de Choque (SI), o Índice de Comorbidade de Charlson (ICC) e o NEWS2 pode auxiliar naestratificação precoce do risco, embora sua aplicabilidade clínica ainda exija validação. Objetivo:Avaliar a acurácia do Índice de Choque (Shock Index – SI) como ferramenta preditiva de desfechosclínicos em pacientes pós-parada cardiorrespiratória (PCR) internados em hospitais do estado deSergipe. Método: Estudo de coorte retrospectiva que incluiu 135 pacientes adultos que sofreramPCR em unidades de internação não críticas. Foram coletadas variáveis demográficas, clínicas e deevolução hospitalar. Avaliou-se a associação entre SI ≥ 0,9 e condições clínicas, utilizandoregressão logística. Para a predição de mortalidade, aplicaram-se análises de calibração (curvas decalibração), acurácia (curvas ROC), regressão de Cox e curvas de Kaplan-Meier. As variáveisforam analisadas por estatística descritiva e inferencial, com uso de curvas ROC, regressãologística, análise de sobrevida (Kaplan-Meier e regressão de Cox) e testes de associação (quiquadrado,Fisher e Mann-Whitney). O nível de significância adotado foi de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Sergipe (CAAE:60839422.6.1001.0217; parecer nº 5.794.971). Resultados: A maioria dos pacientes era do sexofeminino (57,8%), parda (65,4%) e admitida por condições clínicas (54,5%). As principais causasidentificadas de PCR foram hipóxia (15,6%) e acidose (14,9%), embora 60,7% dos casos nãoapresentassem etiologia definida. O escore NEWS2 apresentou a maior área sob a curva (0,64),seguido do ICC (0,60) e SI (0,49), porém sem diferença estatística entre eles. A acidose associou-sede forma independente ao SI ≥ 0,9 (OR = 2,83; p = 0,031), enquanto a ausência de causa clínica foifator protetor (OR = 0,47; p = 0,049). A análise de sobrevida mostrou mediana de 12 dias (SI ≥ 0,9)e 14 dias (SI < 0,9), sem significância estatística (p = 0,873). Conclusão: Os escores avaliados apresentaram baixa acurácia na predição isolada da mortalidade intra-hospitalar . O Índice de Choque demonstrou associação com acidose e ausência de etiologia relatada, mas não secorrelacionou significativamente com o tempo de sobrevida. Tais achados reforçam a necessidadede abordagens multivariadas para estratificação de risco em pacientes pós-PCR.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3274553 - ALAN SANTOS OLIVEIRA
Externo à Instituição - CASSIANE DEZOTI DA FONSECA
Presidente - 2394615 - EDUESLEY SANTANA SANTOS