Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA AMORIM FERNANDES DA SILVA SANTOS
DATA: 18/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: UFS São Cristovão - Sala a definir
TÍTULO: PREDIÇÃO DE MORTALIDADE HOSPITALAR EM TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO MODERADO E GRAVE ANTES E DURANTE A PANDEMIA COVID-19
PALAVRAS-CHAVES: COVID-19, mortalidade, prognósticos, traumatismo cranioencefálico
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
Introdução: O TCE é definido por uma ruptura da função cerebral normal em consequência de qualquer agressão gerada por forças externas capazes de ocasionar uma desordem neurológica de caráter momentâneo ou permanente, com diferentes níveis de gravidade e variados prognósticos. Objetivo: Avaliar a performance dos modelos prognósticos CRASH e IMPACT em predizer a mortalidade nos pacientes de TCE moderado e grave no período antes e durante a pandemia COVID-19. Método: Estudo de coorte retrospectivo, realizado através da coleta de dados de prontuários de pacientes com TCE moderado e grave que foram admitidos nos setores da emergência e da UTI do Hospital de Urgência do Estado de Sergipe – HUSE. Participaram do estudo pacientes de TCE contuso moderado e grave, com idade ≥ 18 anos e < 60 anos, que foram admitidos até seis horas do evento traumático. Foram coletadas nos prontuários as características sociodemográficas e clínicas, a gravidade do trauma e do TCE, resultados de exames laboratoriais e de imagem e desfecho. Foram calculadas frequências relativas e absolutas em todas as variáveis. Variáveis categóricas foram descritas em porcentagem. Variáveis numéricas foram avaliadas por meio de média, mediana, desvio-padrão, mínimo e máximo. Para a avaliação do desempenho entre os modelos prognósticos em todos os períodos, foram construídas curvas ROC para o desfecho mortalidade, obteve-se as medidas da AUC, sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia. O ponto de corte para cada indicador foi estabelecido pelo índice de J. Youden que considerou a melhor especificidade e sensibilidade concomitantemente à variável analisada. A calibração de Cox foi aplicada para avaliar a qualidade preditiva externa dos indicadores CRASH e IMPACT. Resultados: A casuística foi composta por 130 pacientes, com predominância do sexo masculino (95,38%), idade média 33,89 anos (dp=11,93), 33,08% são motociclistas traumatizados sem capacete, 83,85% tiveram perda da consciência, IOT 91,54%, 73,85% usaram sedação, 62,31% apresentaram reatividade pupilar bilateral. As médias obtidas foram: ECG 5,62 (dp=2,51), resposta motora na ECG 3,05 (dp=1,73). CRASH CT apresentou melhor capacidade preditiva no período pré-pandemia AUC=0,833 (IC95%=0,748-0,918), sensibilidade 86,4%, VPN 96,4%. Durante a pandemia, o IMPACT core e o IMPACT laboratory apresentaram AUC=0,810 (IC95%=0,653-0,966) e AUC=0,810 (IC95%=0,695-0,924), sensibilidade 92,3%, VPN=98,3% respectivamente. Conclusão: Os modelos CRASH e IMPACT mostraram ferramentas valiosas na estimativa de mortalidade, mas suas limitações indicam a necessidade de refinamentos, especialmente em cenários que envolvem fatores externos disruptivos como uma pandemia. A utilidade desses modelos nas predições, ressalta a importância de integrar dados clínicos precisos e de ajustar continuamente as ferramentas para aumentar a sua eficácia.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3253450 - RITA DE CASSIA ALMEIDA VIEIRA
Interno - 2394615 - EDUESLEY SANTANA SANTOS
Externo ao Programa - 3271662 - KATTY ANNE AMADOR DE LUCENA MEDEIROS
Externo ao Programa - 1120444 - JUSSIELY CUNHA OLIVEIRA
Externo ao Programa - 4523497 - DANIEL VIEIRA DE OLIVEIRA





