Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BEATRIZ SANTOS PEREIRA
DATA: 19/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: UFS
TÍTULO: EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UM COMPLEXO PENITENCIÁRIO NO NORDESTE BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Infecções Sexualmente Transmissíveis; Prisões; Acesso aos serviços de saúde; Prisioneiros
PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Doenças Contagiosas
RESUMO:
INTRODUÇÃO: O ambiente prisional apresenta condições propícias para a disseminação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis e hepatites, devido à superlotação, insalubridade e falta de prevenção. No Brasil, a população carcerária é particularmente afetada, com taxas alarmantes de contágio. Apesar das políticas de saúde, como a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), a execução é falha. Em Sergipe, com o aumento da população carcerária, a situação é preocupante, evidenciando a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e diagnóstico precoce das ISTs no sistema prisional. OBJETIVO: Avaliar fatores associados à soroprevalência do vírus da imunodeficiência humana, sífilis e hepatites B e C em uma população privada de liberdade no nordeste brasileiro. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, realizado em um Complexo Penitenciário do estado de Sergipe, com 1.835 interno. A coleta de dados envolveu testagem rápida para às ISTs e entrevista, além da educação em saúde de modo individual. Para análise. Construiu-se um banco de dados no Microsoft Excel® 2013, sendo analisado no Statistical Package for the Social Sciences, versão 27.0. , utilizando o teste Qui-quadrado de Pearson com permutação de Monte-Carlo para verificar associação entre variáveis. RESULTADOS: A prevalência das infecções sexualmente transmissíveis foi de 22.2%, sendo 5,6 % para HIV, 47,1% para sífilis, 2,7% para hepatite B e 58,1% para hepatite C, estimando que 31 internos conviviam com duas ou mais ISTs. Fatores de risco como, ser LGBTQIAP+; possuir alguma crença religiosa; não saber se teve sífilis no passado; ter sofrido violência psicológica, física e sexual; utilizar crack e outras drogas; o parceiro não gostar de utilizar o preservativo; práticas sexuais apenas com homens; receber dinheiro para transar e não saber que verruga no pênis é uma IST, foram fortemente associados a essas infeções. CONCLUSÃO: Com base nos achados, constatou-se uma alta prevalência de infecções sexualmente transmissíveis na população carcerária, em comparação com a população em geral. Sendo explicada por ausência de conhecimento, práticas e atitudes sexuais distorcidas e peculiaridades do ambiente que elevam essa suscetibilidade. Dessa forma, são necessárias ações integradas de educação em saúde, distribuição de preservativos e testagem regular para reduzir esses índices. Uma abordagem multidisciplinar e estrutural, considerando o ambiente prisional e a individualidade dos detentos, é essencial para combater as ISTs nesse contexto. Isso inclui programas específicos de prevenção, acesso a tratamento e melhoria das condições dentro das prisões.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2928966 - SHIRLEY VERÔNICA MELO ALMEIDA LIMA
Interno - 3357466 - MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GÓES
Interno - 1256120 - CAÍQUE JORDAN NUNES RIBEIRO
Externo à Instituição - ÁLVARO FRANCISCO LOPES DE SOUZA
Externo à Instituição - ANDERSON REIS DE SOUSA